Entre o sonho e a
realidade
Entre a inverdade e a verdade
Entre a liberdade e a vontade
Sonetos veneram a meninice da terceira idade
Em desapego a velhice da mocidade
Quando as palavras que o vento leva já cá não estarão
A correnteza dos tempos e desvaneios da longa procissão
Novos entes nova canção nesta mesma Nação
A imagem em foto aqui continuará a cumprir com a sua missão
Para a memória colectiva de todos os irmãos
Quando acedi ao desafio convite, de Ana Mascarenhas, para em papel deixar a minha leitura/visão do material fotográfico que de forma muito compenetrada ela depositou em minhas mão e disse:
" Nelson quero que sejas tu a escrever o prefácio deste livro"... Dizia eu, não fazia noção da empreitada que me havia metido. Contudo, aqui estou idilicamente embriagado, entre palavras e frases a compor e dar sentido a tamanha responsabilidade de dar-vos a conhecer a presente obra.
Como ser indiferente num continente onde as cores quentes do dia-a-dia exalam os mais variados odores, onde o nosso olhar tateia sabores e amores que transportam o nosso imaginário para galáxias cósmicas que de regresso escalamos esta linda terra que é Angola. Em que o sorriso rasgado da criança comprometida com o futuro calcorreia, ainda, o lamaçal da chuva teimosa que lá mais distante fez crescer a fruta que a mãe zungueira comercializa para alimentar os seus. Onde o velho cidadão viu chegar, de todas as partes, compatriotas seus fugidos da guerra que protelou o porvir da Nação.
A sensibilidade e a necessidade de inserção de Ana Mascarenhas, enquanto estrangeira, para as coisas da terra leva- a a percorrer e registar para a posteridade, as mais diferentes realidades deste Pais....
O kandengue do sorriso único sem igual
A kindumba da zungueira que prende o olhar
A tez envelhecida do velho que anseia melhorar...
Para lá do crescimento, do surgimento de novas urbanizações e do asfalto, ainda, há uma realidade que urgentemente precisa ser revertida. E a fotografia com todo o seu poder, técnica, emoções e capacidade de registar para a posteridade não devera, nunca, usar filtros para somente exaltar o belo e ocultar o menos belo. E é com este olhar de cidadã, mulher, mãe, filha ou irmã que a neófita Fotógrafa Ana Mascarenhas percorre com a alma e o coração pedaços de nós. Que não escamoteadas, deverão servir de barómetro para o reunir de forças e juntos fazermos desta outra realidade, quanto antes, memórias passadas da nossa recente história.
Ana Mascarenhas que no campo literário dispensa qualquer apresentação tem no mercado cinco ou seis obras onde na primeira pessoa denuncia, nos mais variados estilos literários, a violência a segregação e demais atrocidades deste nosso Mundo.
Entre a inverdade e a verdade
Entre a liberdade e a vontade
Sonetos veneram a meninice da terceira idade
Em desapego a velhice da mocidade
Quando as palavras que o vento leva já cá não estarão
A correnteza dos tempos e desvaneios da longa procissão
Novos entes nova canção nesta mesma Nação
A imagem em foto aqui continuará a cumprir com a sua missão
Para a memória colectiva de todos os irmãos
Quando acedi ao desafio convite, de Ana Mascarenhas, para em papel deixar a minha leitura/visão do material fotográfico que de forma muito compenetrada ela depositou em minhas mão e disse:
" Nelson quero que sejas tu a escrever o prefácio deste livro"... Dizia eu, não fazia noção da empreitada que me havia metido. Contudo, aqui estou idilicamente embriagado, entre palavras e frases a compor e dar sentido a tamanha responsabilidade de dar-vos a conhecer a presente obra.
Como ser indiferente num continente onde as cores quentes do dia-a-dia exalam os mais variados odores, onde o nosso olhar tateia sabores e amores que transportam o nosso imaginário para galáxias cósmicas que de regresso escalamos esta linda terra que é Angola. Em que o sorriso rasgado da criança comprometida com o futuro calcorreia, ainda, o lamaçal da chuva teimosa que lá mais distante fez crescer a fruta que a mãe zungueira comercializa para alimentar os seus. Onde o velho cidadão viu chegar, de todas as partes, compatriotas seus fugidos da guerra que protelou o porvir da Nação.
A sensibilidade e a necessidade de inserção de Ana Mascarenhas, enquanto estrangeira, para as coisas da terra leva- a a percorrer e registar para a posteridade, as mais diferentes realidades deste Pais....
O kandengue do sorriso único sem igual
A kindumba da zungueira que prende o olhar
A tez envelhecida do velho que anseia melhorar...
Para lá do crescimento, do surgimento de novas urbanizações e do asfalto, ainda, há uma realidade que urgentemente precisa ser revertida. E a fotografia com todo o seu poder, técnica, emoções e capacidade de registar para a posteridade não devera, nunca, usar filtros para somente exaltar o belo e ocultar o menos belo. E é com este olhar de cidadã, mulher, mãe, filha ou irmã que a neófita Fotógrafa Ana Mascarenhas percorre com a alma e o coração pedaços de nós. Que não escamoteadas, deverão servir de barómetro para o reunir de forças e juntos fazermos desta outra realidade, quanto antes, memórias passadas da nossa recente história.
Ana Mascarenhas que no campo literário dispensa qualquer apresentação tem no mercado cinco ou seis obras onde na primeira pessoa denuncia, nos mais variados estilos literários, a violência a segregação e demais atrocidades deste nosso Mundo.
Ana Mascarenhas, nesta nova empreitada, inicia assim um novo trilhar na arte de bem fotografar e o de registar os momentos em imagens.
Ana Mascarenhas a Escritora
Ana Mascarenhas aqui e agora a Fotógrafa!
Convido-os a acompanhar e desvendar o que
vai para lá da ponta deste Icebergue através do olhar de Ana Mascarenhas
Nelson Silvestre
Nelson Silvestre
06 de Março de 2017